O ativista político José Juliano, atento às difíceis condições enfrentadas no município de Cacuaco, realizou um levantamento detalhado sobre o fenômeno da ZUNGA, que tem afetado profundamente a vida das trabalhadoras conhecidas como zungueiras.
Muitas zungueiras relatam que essa atividade é a única maneira de conseguirem pagar as mensalidades escolares, o aluguel, a alimentação e sustentar suas famílias. A ZUNGA, portanto, não é apenas uma atividade econômica, mas uma questão de sobrevivência.
Recentemente, o governo municipal de Cacuaco designou um local específico para que as zungueiras pudessem comercializar seus produtos. No entanto, o espaço indicado é insalubre, com acúmulo de lixo, água parada, mato alto e outras precariedades. As zungueiras denunciam a falta de condições básicas de higiene e segurança.
O activista Político, considera essa situação uma grave violação dos direitos humanos e do direito ao trabalho digno. Ele condena a atitude do administrador municipal, que coloca em risco a vida das famílias ao invés de proporcionar um ambiente adequado para o exercício de suas atividades.
A falta de emprego formal em Angola força milhares de pessoas a se adaptarem a atividades econômicas informais para suprir suas necessidades básicas. Para muitas famílias, a renda proveniente da ZUNGA é a única fonte de sustento.
É urgente que o governo enfrente a realidade do povo e apoie os trabalhadores que reivindicam seus direitos garantidos constitucionalmente. Retirar de alguém o direito de exercer sua atividade laboral é um atentado contra sua dignidade.
O governo municipal deve promover o diálogo com as trabalhadoras e a comunidade para encontrar soluções mais eficazes, evitando maiores prejuízos. Um esforço conjunto é necessário para garantir que essas mulheres possam trabalhar em condições dignas e seguras.
Liberdade, Modernidade e Cidadania
Luanda, 5 de junho de 2023.