Luanda: O vice-presidente do Bloco Democrático, partido que aliou-se em acordos com a UNITA, PRA-JÁ Servir Angola, incluindo a sociedade civil na plataforma Frente Patriótica Unida (FPU) desde 2022, mostrou-se agastado pela pelalização a que o seu partido está submetido, ao afirmar que a FPU vai ter mesmo necessariamente evoluir para uma coligação eleitoral, para que o Bloco não seja mais uma vez o sacrificado dessa união.
Redação: Benguela7
Falando aos jornalistas a margem da VIII reunião do Conselho Nacional, que arrancou na tarde desta quianta-feira, 25 de Julho, como o lema: “UM BD FORTE E PRESENTE NAS COMUNIDADES RUMO AS AUTARQUIAS” Nelson Postana Bonavena teceu duras criticas ao executivo angolano da situação política do país, que diz ser uma situação de “recessão”, “estamos a ver um regime ditatorial que se torna cada vez mais musculado”, disse, considerando que há tentativa de se instalar um clima de “terrorismo político”.
Sem sitar as províncias, Bonavena, fez saber que o Bloco Democrático, bem a pouco tempo foi vítima de assaltos em três sedes.
“Vandalizaram as sedes, levaram equipamentos, documentos e temos notícias de perseguição de militantes e também de activistas”, denunciou, salientando que no País, ainda tem presos políticos que pelas suas críticas ao regime foram condenados em tribunais que considera serem claramente politizados.
O político disse ainda que também tem exilados políticos que foram obrigados a saírem do país por manifestaram a sua opinião crítica em relação ao regime actual.
“Porque viram as suas vidas em perigos tiveram que deixar o país e são hoje, exilados políticos claramente”, afirmou, considerando que os mesmos não são exilados econômicos e nem emigrantes econômicos.
O também cientista político vai mais longe ao afirmar que em Angola, “temos essa situação política” muito “crispada”, o regime quer isolar-se a cada vez mais, não quer realizar as eleições autárquicas como está na constituição da república e que não tem dúvidas de que está a se preparar mais uma fraude eleitoral para o próximo pleito aprazado para 2027.
“Por isso, perseguem os activistas, porque já viu que aliança entre os partidos políticos na oposição, nomeadamente os partidos que fazem a Frente Patriótica Unida e a sociedade civil, é a solução e a garantia de um sucesso nas próximas eleições”, disse.
Situação econômica
Do ponto de vista econômico, o político disse que o país tem uma grave crise econômica, que se traduz numa grande grave crise social, em que as classes mais desprotegidas, as mais pobres estão numa situação de total miséria, ao ponto de angolanos, cidadãos, co-cidadaos, têm que recorrer ao tambor de lixo ou às lixeiras para se alimentar, “coisa nunca vista”.
Segundo o vice-presidente do Bloco Democrático, as soluções do executivo ainda não deram resultados e nem têm efeitos concretos, na vida dos cidadãos.
“A economia das famílias, é cada vez mais difícil com a inflação oficial que temos, mas a inflação real ainda é maior, numa situação de salários de misérias”, disse, lembrando que a greve feita pelos sindicatos, não conseguiu a reivindicação mínima em relação ao salário mínimo que eram de cem mil kwanzas e o executivo só aceitou elevar o salário mínimo, não em toda em circunstâncias, para setenta mil kwanzas.
“Hoje, sabemos que setenta mil kwanzas, não chega para comprar a cesta básica”, disse.
Dando todo as situações sublinhas, o vice-presidente dos Bloquistas, disse que o seu partido está a trabalhar “duro”, para que o Bloco seja forte, esteja juntos das comunidades e que se prepare antes de mais, para as eleições autarquias.
Nelson Postana Bonavena, fez saber ainda que o Bloco Democrático vai continuar com na FPU, porque a unidade é fundamental para alternância política do país.
“Porém, a Frente Patriótica Unida vai ter que necessariamente evoluir para uma coligação eleitoral, para que o Bloco não seja mais uma vez o sacrificado dessa união”, afirmou.
Sobre o recente partido legado
Questionado sobre a legalização de mais uma formação política, o homem forte dos bloquistas, disse que o seu partido está assistir mais produção, a que chamou de partidos “fantoches”, para conformarem os sistemas de partidos que na verdade a hegemonia continua a ser do partido-estado, e “vamos ver o proto-partidos ou comissões instaladoras a serem recusadas porque não fazem o jogo do regime. Como é o caso, escandaloso, do PRA-JÁ SERVIR ANGOALA”.
“Quem é que dúvida que o PRA-JÁ não tem melhores condições de se legalizar, duque o dito partido CIDADANIA, que nem o meu vizinho conhece”, criticou.