Nos últimos cinco anos, Angola testemunhou o surgimento de um fenômeno político que abalou profundamente os alicerces do regime da Cidade Alta: a Frente Patriótica Unida (FPU). Desde sua concepção, a FPU tornou-se um verdadeiro pesadelo para o João Lourenço e seus aliados, ao reunir forças que, juntas, representam uma poderosa ameaça à hegemonia do MPLA.
Composta pela UNITA, o maior partido de oposição com uma vasta base de massas e quadros em todo o país, pelo Bloco Democrático, conhecido por sua intelectualidade e quadros altamente qualificados, e pelo PRA-JA Servir Angola, projeto liderado por Abel Chivukuvuku, uma das figuras mais carismáticas do cenário político angolano, a Frente Patriótica Unida transformou-se na principal força de oposição.
Sob a liderança de Adalberto Costa Júnior, a FPU consolidou-se como um bloco imbatível, que desde então mobilizou não apenas partidos políticos, mas também o Movimento Cívico, que, desde 2011, tem se destacado por sua actuação firme e crescente na promoção de cidadania e de uma nova consciência política em Angola. Esse movimento ampliou o alcance e a influência da Frente Patriótica, tornando-a uma aliança que representa o anseio popular por mudança.
É notório que a ascensão da Frente Patriótica Unida desestabilizou o regime do presidente João Lourenço. A Cidade Alta, centro do poder político do MPLA, entrou em desespero, recorrendo a táticas cada vez mais desesperadas para tentar neutralizar o avanço da oposição. João Lourenço e Fernando Garcia Miala, seu braço direito na estratégia de contenção da oposição, têm investido quantias milionárias em tentativas fracassadas de minar a UNITA e destruir a coesão da Frente Patriótica.
No início de 2024, acreditando ter encontrado uma solução mágica, o regime legalizou a Fundação Jonas Savimbi. A aposta era clara: dividir a UNITA explorando a figura simbólica de Savimbi, fundador do partido. No entanto, a tentativa falhou de maneira retumbante. O impacto foi mínimo, e a UNITA permaneceu sólida e intacta, o que apenas frustrou ainda mais as expectativas do regime.
Agora, João Lourenço e Miala acreditam que, ao legalizar o PRA-JA Servir Angola, poderão dividir a Frente Patriótica e enfraquecer a UNITA. Mais uma vez, estão equivocados. A união das forças oposicionistas vai muito além de manobras políticas pontuais. O povo angolano já despertou e enxerga claramente o futuro que deseja: alternância política e a construção de um país mais justo, democrático e inclusivo.
João Lourenço, que jurou duas vezes cumprir e fazer cumprir a Constituição da República de Angola, encontra-se agora diante de seu próprio limite. Segundo a Constituição e os estatutos do MPLA, ele não poderá concorrer a mais um mandato, e, a cada dia que passa, sua permanência no poder se torna mais incerta. No entanto, o presidente parece cego pelo poder e surdo à voz do povo. A cada nova tentativa de manipulação ou repressão, sua popularidade declina, enquanto o desejo de mudança só cresce nas ruas.
A Alternância, essa palavra que ressoa como uma promessa de um futuro melhor, não será barrada pelas estratégias desesperadas do regime. A Frente Patriótica Unida, forjada na união de forças políticas e cívicas, é hoje o caminho mais evidente para essa mudança. O povo angolano está impaciente e cansado de promessas vazias. Está claro que o país não quer mais um ciclo de autoritarismo e estagnação, mas sim um novo rumo, conduzido por aqueles que verdadeiramente representam os anseios populares.
A luta pela alternância política em Angola será decidida nas urnas, mas a história já aponta para um vencedor: o povo, que unido jamais será vencido. E a Frente Patriótica Unida, como maior fenômeno político angolano dos últimos cinco anos, é a face dessa nova esperança.
A Frente Patriótica Unida, sob a liderança de Adalberto Costa Júnior, é a expressão de um desejo colectivo por mudança e por um futuro democrático. As tentativas de João Lourenço e de seu regime em dividir a oposição revelam seu temor e sua fraqueza. Porém, a história recente mostra que essas estratégias são insuficientes diante de uma população que está cansada da ditadura e ansiosa por alternância.
João Lourenço está próximo de seu limite, e o povo, unido, não permitirá mais que o poder se perpectue nas mãos de quem já não ouve suas vozes. O futuro de Angola será decidido com a Frente Patriótica Unida.
Por Hitler Samussuku