Por Kamalata Numa
Luanda, 05 de Junho de 2025
Assim nos habituou a política em Angola.
A mais recente reunião da Comissão Política da UNITA deliberou, com clareza e legitimidade, sobre a convocação do XIV Congresso Ordinário do Partido, bem como sobre o intervalo temporal para a sua realização. Este momento, de grande importância interna e nacional, representa mais uma etapa da maturidade democrática da UNITA — um Partido que, desde a sua fundação, se afirmou como protagonista da liberdade, da alternância e da transparência política em Angola.
Contudo, mal soaram os tambores do Congresso, surgiram — como que por reflexo condicionado — os velhos escribas, os oportunistas de sempre, os mercadores da dúvida e da intriga, que se apressaram em lançar nomes, insinuar conflitos, e construir cenários fictícios de disputas internas.
Estes actores, disfarçados de jornalistas e analistas, não têm compromisso com a verdade, nem com o Partido. Agem movidos por agendas paralelas e interesses ocultos, muitos dos quais alicerçados no medo que têm da continuidade de uma liderança firme, estratégica e progressista como a do Presidente Adalberto Costa Júnior.
É, de facto, intrigante e revelador que a figura menos desejada por esses cronistas da desinformação seja precisamente aquela que, sob sua direcção, conduziu a UNITA à mais expressiva victória eleitoral da sua história recente — passando de 51 deputados em 2017 para 90 deputados em 2022. Um feito político inquestionável, que mudou o eixo da oposição, reposicionou a UNITA no centro do debate nacional, e devolveu esperança a milhões de angolanos.
Pergunta-se, então: a quem interessa substituir quem venceu, para repor quem? Em nome de que projecto, e de que interesses obscuros, se procura minar o caminho de quem tem conduzido com coragem e visão um Partido que se reencontrou com a sua base, com a juventude, com a sociedade civil e com o povo?
A lógica desses escribas é perversa. Não é baseada em análise séria, mas em conveniência. O que pretendem não é o fortalecimento do Partido, mas a sua divisão, na esperança de que o caos interno lhes abra espaço para regressarem com as suas “agendas históricas fracassadas”, disfarçadas de alternativas viáveis.
A verdade é simples:
A UNITA é um Partido adulto. Um corpo político amadurecido pela história, forjado na luta e temperado pela experiência.
Os seus membros, militantes, dirigentes e quadros sabem distinguir ambição legítima de oportunismo rasteiro. Sabem reconhecer resultados, mérito, lealdade e trabalho.
Não precisam de tutores encapotados nem de conselhos de bastidores.
O Congresso que se avizinha é uma oportunidade para aprofundar a unidade, consolidar as conquistas e preparar o Partido para os novos desafios da luta democrática em Angola. Não é — e não será — um palco para a reedição de fantasmas do passado.
Aos que, dentro e fora, continuam a semear fumo, avisamos: só há fumo onde há fogo — e o fogo da UNITA está aceso no coração do povo. Alimentado pela justiça, guiado pela história e protegido pela fé de milhares que acreditam na alternância verdadeira e na libertação plena de Angola.
UNIDOS VENCEREMOS!