• Reporter 12
• 05 Apr, 2025

Luanda – 4 de maio de 2025

Este número impressionante revela uma realidade preocupante sobre o estado da liberdade de imprensa no país. Embora a Constituição angolana garanta o pluralismo de opinião e o direito à informação equilibrada, os factos demonstram uma exclusão sistemática da principal figura da oposição.

Enquanto o partido no poder, o MPLA, tem presença quase diária nos meios de comunicação estatais, apresentando os seus discursos, projetos e visões, a UNITA – que representa o maior partido da oposição no Parlamento – permanece praticamente invisível para o público que depende dos canais públicos para se informar.

Organizações da sociedade civil, jornalistas independentes e ativistas dos direitos humanos têm denunciado repetidamente esta prática, afirmando que ela viola os princípios democráticos e o dever de imparcialidade dos meios públicos. Num Estado que se pretende democrático, é inadmissível que um líder com representação parlamentar significativa seja sistematicamente silenciado.

Adalberto Costa Júnior continua ativo nas redes sociais, nas províncias e junto das comunidades, levando a sua mensagem e propostas, mas sem qualquer espaço na mídia controlada pelo Estado. Isso compromete a transparência política e mina a confiança dos cidadãos nas instituições democráticas.

Com as eleições autárquicas no horizonte, a exclusão prolongada da oposição da comunicação social estatal lança uma sombra sobre a justiça e a equidade do processo democrático em Angola.