Alcides Sakala Simões é uma figura proeminente na política angolana, destacando-se como um dos membros históricos da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Natural da província do Huambo, ingressou nas fileiras do partido em 1974, tendo desempenhado diversos cargos de liderança ao longo das décadas.
Percurso Político
Durante as décadas de 1980 e 1990, Sakala atuou como representante diplomático da UNITA em países como Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Portugal, desempenhando um papel crucial na promoção da imagem internacional do partido. No período pós-guerra, assumiu funções como porta-voz e secretário para as Relações Internacionais da UNITA, consolidando-se como uma das vozes mais influentes na defesa da democracia e dos direitos civis em Angola.
Candidatura à Liderança da UNITA
Em 2019, Sakala apresentou a sua candidatura à presidência da UNITA, sucedendo a Isaías Samakuva. Durante a sua campanha, enfatizou a necessidade de aprofundar a democracia interna do partido e reforçar a coesão entre os seus membros. Destacou-se por defender uma liderança motivacional e democrática, comprometida com a valorização da juventude e da mulher angolana, bem como com a reforma do Estado para torná-lo mais inclusivo e menos partidário [1] .
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No congresso realizado em novembro de 2019, Sakala foi o segundo candidato mais votado, ficando atrás de Adalberto Costa Júnior, que foi eleito presidente da UNITA com 53,4% dos votos [2] .
Intervenções Parlamentares e Visão Política
Como deputado à Assembleia Nacional, Sakala tem sido uma voz ativa na defesa da democracia e dos direitos humanos. Em 2022, condenou a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, destacando a importância da soberania e da paz entre as nações [3] . Internamente, tem alertado para os riscos dos discursos agressivos dentro da UNITA, apelando à unidade e coesão para evitar divisões que possam fragilizar o partido [4]
Conclusão
Alcides Sakala é reconhecido como um político experiente e moderado, comprometido com os ideais democráticos e com a construção de uma Angola mais justa e inclusiva. A sua trajetória reflete um compromisso contínuo com a promoção da democracia, tanto dentro da UNITA quanto no panorama político nacional.
Por José Juliano Sakalumbo
