INTERVENÇÃO SOBRE O BALAÇO DE EXECUÇÃO DO OGE 2025 REFERENTE AO I TRIMESTRE

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INTERVENÇÃO SOBRE O BALAÇO DE EXECUÇÃO DO OGE 2025 REFERENTE AO I TRIMESTRE
Excelência Presidente da Assembleia Nacional.
Os meus respeitosos cumprimentos
Colegas Deputados,
Membros do executivo.
Povo angolano.
Tenho o prazer de me dirigir a esta magna casa como representante do Povo angolano em particular da província do Uíge, para tecer algumas notas sobre o documento em análise que, dada a sua importância, devia refletir-se na vida dos cidadãos, mas infelizmente não.
Povo angolano
Os projetos e relatórios do Executivo do MPLA no papel são muito bonitos, mas na prática (mpavala é zero). Em pleno século XXI, em 23 anos de paz e 50 anos de independência temos ainda crianças a estudar por baixo das árvores e cada uma delas leva o seu banco ou lata para sentar-se.
As poucas escolas que o país tem não têm condições do funcionamento para professores e alunos.
Os hospitais não têm medicamentos, nem mesmo reagentes para fazer análises clínicas. Por exemplo, o hospital do Catapa, o hospital do Candombe (Ana Paula), na cidade do Uíge não têm nenhumas condições. O primeiro não tem casas de banho para os doentes. Estes são forçados a urinar e defecar no capim ao redor do hospital.
Não vamos tapar o sol com a peneira, pois o povo não tem água, nem energia elétrica, a exemplo dos bairros Gai, Kixicongo antigo, Kituma, Pedreira, só para citar estes.
Excelência Presidente
O povo está a sofrer muito. Existem famílias que não conseguem ter uma refeição por dia. Nuca mais viram a cor do arroz à sua mesa.
Na comuna do Kuango -Município do Kimbele onde o Deputado Félix Simão Lucas visitou recentemente, teve de ser transportado por um tractor, e encontrou as crianças a comer funje com molho de gindungo, porque até o famoso peixe ncamassende (100 espinhas), o peixe lambula não aparece, para não falar do carapau. Este é um luxo e para outros bolsos.
Sra. Presidente
Quando discutimos nesta casa o OGE 2025, as Senhoras Ministras das Finanças e da Educação afirmaram publicamente que não tinham dívidas com os subsídios de isolamento e de renda. O grito de socorro vem da província do Uíge, sobretudo os professores do I e II ciclos, que estão há mais de 12 meses sem receber o dinheiro correspondente a estes dois subsídios. Paguem estes homens e mulheres que se sacrificam para formar quadros que são o futuro do país.
Devo também aqui denunciar o facto de a obra da construção do Serviço Integrado Municipal do Ministério do Interior no Negage estar a constar sempre nos orçamentos e nunca conhece o seu termino, desde Abril de 2011, com um valor inicial de 646.000.000 (seiscentos e quarenta e seis milhões de kwanzas). É muito desperdício de dinheiro dos cofres do Estado.
Para terminar, quero também destacar o saneamento básico no Uíge que é um problema sério. O lixo está em toda cidade. Qual é o trabalho do ministério do ambiente? Para onde vão para os dinheiros dos contratos que os governos provinciais assinam com as operadoras de recolha do lixo? Com este quadro como não termos cólera?
O Presidente fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi nos ensinou que a prática é o critério da verdade, por isso trago algumas imagens, que mostram a realidade da nossa província.
Muito Obrigado
Esteves Pedro Diavova
// Deputado//

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