Transparência e Combate à Corrupção
Augusto Samuel considera a transparência como um valor inegociável no exercício da função pública. Para ele, não basta que os governos apenas prestem contas ao final de um mandato; é preciso que todas as etapas da gestão sejam claras, acessíveis e compreensíveis para a população. Isso significa divulgar, de forma sistemática, todos os atos administrativos, incluindo os processos de licitação, contratos públicos, orçamentos e execução de obras, para que qualquer cidadão possa verificar a correta aplicação dos recursos.
Além disso, Samuel defende que a corrupção não deve ser tratada apenas como um problema moral, mas como um obstáculo ao desenvolvimento social e econômico. Ele acredita que a falta de transparência abre espaço para práticas fraudulentas, prejudicando os investimentos públicos e diminuindo a confiança da população nas instituições. Por isso, propõe auditorias periódicas e independentes, a fim de garantir que cada centavo dos cofres públicos seja destinado ao que realmente importa: educação, saúde, infraestrutura e qualidade de vida da população.
Outra proposta defendida por ele é o investimento em tecnologias de governança digital, como plataformas online de monitoramento dos gastos públicos e sistemas de denúncia anônima de corrupção. Essas ferramentas servem não apenas como forma de fiscalizar os recursos, mas também como meios de aproximar o cidadão da gestão, permitindo que ele acompanhe em tempo real a execução do orçamento municipal e identifique falhas ou irregularidades.
Para Augusto Samuel, a luta contra a corrupção deve ser acompanhada de políticas de valorização da ética na administração pública. Ele acredita na necessidade de formar gestores com princípios sólidos, capazes de entender que governar é, antes de tudo, um ato de responsabilidade coletiva. A transparência, portanto, não é apenas uma obrigação legal, mas um compromisso com a justiça social e o bem comum.
Fortalecimento das Autarquias Locais
As autarquias locais, na visão de Augusto Samuel, desempenham um papel estratégico para o desenvolvimento sustentável das comunidades. Ele argumenta que a concentração de poder no governo central limita a capacidade de resposta às necessidades reais da população, já que as soluções impostas de cima para baixo muitas vezes não correspondem à realidade vivida nos bairros, municípios e aldeias.
Samuel defende a criação de um modelo descentralizado de governança, no qual as autarquias tenham autonomia financeira, administrativa e política para decidir suas próprias prioridades. Ele acredita que essa descentralização permite a criação de políticas públicas mais próximas do cidadão, com base em diagnósticos locais e em uma gestão que entende as particularidades de cada região.
Para alcançar esse objetivo, ele propõe que as autarquias recebam formação técnica e recursos adequados, capacitando gestores locais para lidar com questões como planejamento urbano, gestão orçamental, saneamento básico e desenvolvimento econômico. Segundo ele, não basta dar autonomia; é necessário fornecer condições reais para que as autarquias possam exercer sua função com qualidade e transparência.
Além disso, Samuel sugere a criação de parcerias público-comunitárias, envolvendo lideranças locais, organizações da sociedade civil e o setor privado na construção de projetos e na resolução de problemas. Assim, o poder local não atua de forma isolada, mas como um elo entre o Estado e os cidadãos, garantindo que as decisões sejam construídas de forma coletiva e participativa.
Participação Popular e Cidadania Ativa
Para Augusto Samuel, a transparência e o fortalecimento das autarquias só fazem sentido quando acompanhados de participação cidadã. Ele acredita que uma democracia sólida depende da presença ativa do povo nas decisões políticas, o que significa criar espaços concretos para ouvir as demandas e opiniões da sociedade.
Nesse sentido, Samuel defende a criação de conselhos participativos em cada município, compostos por representantes da comunidade, associações locais e lideranças tradicionais. Esses conselhos teriam a função de acompanhar as ações do poder público, fiscalizar a aplicação dos recursos e propor melhorias, funcionando como um verdadeiro canal de comunicação entre os cidadãos e as autoridades.
Ele também considera fundamental investir na educação cívica, ensinando desde cedo às crianças e jovens a importância de participar da vida política e de conhecer os seus direitos e deveres. Para ele, um povo informado é um povo que fiscaliza e cobra seus líderes, reduzindo o risco de abusos de poder ou de má gestão dos recursos públicos.
Por fim, Samuel destaca que a participação popular deve ser facilitada por meio de mecanismos digitais e presenciais, como audiências públicas, assembleias abertas e plataformas online para sugestões e denúncias. A cidadania ativa, segundo ele, é a chave para transformar a política em um espaço verdadeiramente democrático, onde cada decisão reflete a voz e as necessidades do povo.