A incapacidade do governo Angolano sobre A segurança Alimentar – José Juliano

Segundo José Juliano, entende que a segurança alimentar refere-se ao estado em que todas as pessoas têm, a todo momento, acesso físico, social e económico a alimentos suficientes, seguros e nutritivos que satisfaçam suas necessidades alimentares para uma vida activa e saudável. Em Angola, a situação da segurança alimentar é especialmente crítica devido a vários factores interconectados que afetam a disponibilidade, acesso e estabilidade dos alimentos.

Factores este que condiciona a vida do cidadão, no meu ponto de vista irei enumerar 6 factores que o governo não consegue controlar e que é essencial para o crescimento e desenvolvimento do país. que são:

  1. Dependência das Importações: Angola depende fortemente de importações para atender às necessidades alimentares da população. Isso torna o país vulnerável a flutuações nos preços internacionais e a interrupções nas cadeias de abastecimento, que podem resultar em crises de escassez alimentar.
  2. Infraestrutura Agrícola Subdesenvolvida: Apesar de possuir vastas áreas aráveis, Angola tem uma infraestrutura agrícola subdesenvolvida. A agricultura é predominantemente de subsistência, com métodos tradicionais e baixos rendimentos. A falta de investimento em tecnologia agrícola, irrigação e capacitação de agricultores limita a produção local.
  3. Impacto das Mudanças Climáticas: Angola é altamente suscetível a eventos climáticos extremos, como secas e inundações, que afectam diretamente a produção agrícola. Esses eventos reduzem a produtividade das colheitas, comprometendo a disponibilidade de alimentos e exacerbando a insegurança alimentar.
  4. Políticas Públicas Ineficazes: A ausência de políticas públicas eficazes voltadas para o fortalecimento do sector agrícola, apoio aos pequenos agricultores e criação de sistemas de distribuição eficientes agrava a crise de segurança alimentar. Além disso, a má gestão e corrupção desviam recursos que poderiam ser destinados à melhoria da produção e distribuição de alimentos.
  5. Pobreza e Desigualdade: A alta taxa de pobreza em Angola, particularmente nas zonas rurais, impede o acesso regular a alimentos de qualidade. A desigualdade social também significa que, enquanto algumas pessoas podem se dar ao luxo de importar alimentos, a maioria depende da produção local e dos mercados, onde os preços podem ser inacessíveis para muitos.
  6. Desnutrição e Saúde Pública: A insegurança alimentar em Angola contribui para altas taxas de desnutrição, especialmente entre crianças. A falta de acesso a uma dieta variada e nutritiva resulta em deficiências nutricionais que afectam o desenvolvimento físico e cognitivo, perpetuando ciclos de pobreza e vulnerabilidade.

No entanto a segurança alimentar em Angola encontra-se em estado crítico, refletindo a incapacidade do governo em fortalecer os sectores chave que poderiam sustentar as famílias angolanas. A ausência de políticas públicas eficazes agrava a má gestão estatal e evidencia um governo que falha em se adaptar às exigências do tempo actual. Essa situação é resultado de uma administração que prioriza interesses particulares e negligencia as necessidades básicas da população, contribuindo para o aumento da pobreza e da desigualdade social no país. Enquanto os líderes se beneficiam de privilégios, o povo angolano sofre com a escassez de recursos essenciais, mostrando a desconexão entre a elite governante e a realidade da nação.

Luanda ao 18 de Agosto de 2024

Jose Juliano

Jose Juliano

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Show Buzz

View All